Saúde da Mulher https://dktmulher.com.br/ Mon, 06 Oct 2025 01:15:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 Gravidez na adolescência: como orientar e prevenir com diálogo, acolhimento e informação https://dktmulher.com.br/gravidez-na-adolescencia-como-orientar-e-prevenir-com-dialogo-acolhimento-e-informacao/ https://dktmulher.com.br/gravidez-na-adolescencia-como-orientar-e-prevenir-com-dialogo-acolhimento-e-informacao/#respond Mon, 06 Oct 2025 00:54:26 +0000 https://dktmulher.com.br/?p=43 Falar sobre gravidez na adolescência ainda é um desafio para muitos pais. O tema desperta sentimentos de medo, insegurança e até culpa. No entanto, abordar essa questão com tranquilidade e informação é uma das formas mais eficazes de prevenir a gravidez precoce e fortalecer o vínculo entre pais e filhos. Afinal, quanto mais os adolescentes ... Ler mais

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Falar sobre gravidez na adolescência ainda é um desafio para muitos pais. O tema desperta sentimentos de medo, insegurança e até culpa. No entanto, abordar essa questão com tranquilidade e informação é uma das formas mais eficazes de prevenir a gravidez precoce e fortalecer o vínculo entre pais e filhos. Afinal, quanto mais os adolescentes confiam em seus responsáveis, mais abertos estarão para conversar sobre dúvidas e escolhas relacionadas à sexualidade.

Entendendo o que está por trás da gravidez na adolescência

A adolescência é um período de intensas descobertas. O corpo muda, as emoções se intensificam e a busca por identidade se torna constante. Em meio a tantas transformações, a curiosidade sobre o sexo e os relacionamentos aparece naturalmente. Por isso, compreender o contexto emocional e social do adolescente é essencial.

Muitas vezes, a gravidez nessa fase não é resultado apenas da falta de informação, mas também da ausência de diálogo. Quando o jovem não encontra espaço seguro para conversar, ele acaba buscando respostas em fontes duvidosas, como redes sociais ou colegas da mesma idade. E isso pode gerar confusão, mitos e decisões impulsivas.

Por outro lado, famílias que mantêm uma comunicação aberta costumam ter filhos mais conscientes de suas escolhas. Essa troca de confiança cria uma base sólida para orientar e prevenir situações de risco. Além disso, mostrar interesse genuíno pela rotina do adolescente ajuda a identificar mudanças de comportamento que podem sinalizar vulnerabilidade emocional ou afetiva.

O papel dos pais e familiares nesse diálogo

Mais do que impor regras, o papel dos pais é educar para a autonomia. Isso significa ajudar o jovem a desenvolver senso crítico, responsabilidade e autoconhecimento. Em vez de focar apenas em “proibir”, é importante ouvir, acolher e orientar.

Conversar é mais importante do que controlar

Muitos pais têm receio de que falar sobre sexualidade incentive o início da vida sexual. Porém, o oposto é verdadeiro. Diversos estudos mostram que adolescentes que recebem informação adequada tendem a adiar o início das relações e a se proteger melhor quando decidem começar. Ou seja, falar é proteger.

Durante as conversas, mantenha um tom tranquilo. Evite julgamentos e permita que o adolescente se expresse. Perguntas como “o que você acha sobre isso?” ou “como você se sente em relação a esse assunto?” ajudam a criar um ambiente de confiança. Aos poucos, o diálogo se torna mais natural e menos constrangedor.

O que dizer — e o que evitar

Evite frases que gerem medo ou vergonha, como “isso é errado” ou “você vai estragar sua vida”. Em vez disso, fale sobre consequências reais e responsabilidade compartilhada. Mostre que a sexualidade faz parte da vida, mas que exige maturidade emocional e cuidado com a própria saúde.

Se o desconforto for grande, vale buscar apoio de profissionais especializados, como psicólogos, educadores ou ginecologistas com experiência em atendimento a adolescentes. Eles podem ajudar a mediar a conversa e esclarecer dúvidas com linguagem adequada à faixa etária.

Conhecimento é proteção — métodos contraceptivos para jovens

Falar sobre métodos contraceptivos é parte fundamental da prevenção. E isso deve ser feito de forma clara e sem tabus. É importante que os pais saibam que hoje existem opções seguras, eficazes e adaptadas ao perfil de cada adolescente.

Falar sobre sexualidade não incentiva, mas protege

Ao contrário do que se imagina, a educação sexual não estimula a prática sexual precoce. Ela fornece ferramentas para que o jovem faça escolhas conscientes, saiba dizer “não” quando não estiver preparado e conheça formas seguras de se prevenir quando decidir iniciar sua vida sexual.

Opções de contracepção para adolescentes

Entre os métodos disponíveis estão as pílulas anticoncepcionais, o adesivo, o anel vaginal, as injeções hormonais e o preservativo masculino ou feminino. Cada um deles tem prós e contras, e a escolha deve sempre considerar o estilo de vida e o acompanhamento médico.No entanto, há métodos que se destacam pela alta eficácia e praticidade: os métodos de longa duração, conhecidos como LARC (Long-Acting Reversible Contraception) — como o implante subdérmico e o DIU (dispositivo intrauterino). Segundo o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), esses métodos são até 20 vezes mais eficazes que as pílulas, adesivos ou anéis, além de exigirem menos atenção diária.

O DIU como opção segura e de longa duração

O DIU é um pequeno dispositivo em forma de “T” inserido no útero para evitar a gravidez. Existem dois tipos principais: o DIU de cobre, que não contém hormônios e atua impedindo o encontro do espermatozoide com o óvulo, e o DIU hormonal, que libera pequenas doses de progesterona, tornando o ambiente uterino hostil à fecundação.

Além de altamente eficaz, o DIU é uma alternativa segura para adolescentes — inclusive para aquelas que nunca tiveram filhos. Conforme a ACOG, os riscos associados ao DIU são muito menores do que os riscos de uma gravidez precoce. Outro ponto positivo é que, após a retirada, a fertilidade retorna rapidamente, geralmente em menos de uma semana.

Vale lembrar que o DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Por isso, o uso do preservativo continua essencial, mesmo para quem utiliza métodos de longa duração.

Quando o DIU é indicado

O DIU pode ser uma excelente opção para jovens que buscam um método prático e de longa duração. É especialmente recomendado para quem tem dificuldade em lembrar de tomar pílulas ou não se adapta bem a outros métodos hormonais. Além disso, pode ajudar a reduzir o fluxo menstrual e as cólicas, dependendo do tipo escolhido.

O procedimento de inserção é simples e realizado em consultório por um profissional de saúde. Algumas adolescentes podem sentir cólicas leves nos primeiros dias, mas o desconforto costuma desaparecer rapidamente.

Superando mitos e desinformação

Muitos mitos ainda cercam o uso do DIU e outros métodos contraceptivos por adolescentes. É comum ouvir que “meninas novas não podem usar” ou que “pode causar infertilidade no futuro”. Nenhuma dessas afirmações é verdadeira.

“DIU é perigoso para meninas novas?” — mitos e verdades

Os DIUs modernos são seguros e aprovados por órgãos de saúde em todo o mundo. De acordo com a Nemours KidsHealth, tanto o DIU de cobre quanto o hormonal apresentam menos de 1% de falha ao ano, tornando-os uma das opções mais confiáveis disponíveis.

“Precisa de autorização dos pais?” — o que diz a lei

No Brasil, a recomendação é que adolescentes sejam acompanhadas por um responsável nas consultas médicas. No entanto, é importante garantir um espaço de privacidade entre o profissional de saúde e a adolescente, para que ela se sinta à vontade para fazer perguntas e expressar seus medos. Em outros países, como os Estados Unidos, leis estaduais determinam quando e como adolescentes podem acessar métodos contraceptivos de forma confidencial.

“Métodos como o DIU afetam a fertilidade?”

Outro mito é que o uso de DIU prejudica a fertilidade. Na verdade, o dispositivo não interfere na capacidade de engravidar após sua remoção. O retorno à fertilidade é rápido e completo, o que o torna um método reversível e seguro.

Além da prevenção: saúde emocional e apoio familiar

A gravidez na adolescência não é apenas uma questão física, mas também emocional e social. Por isso, o acolhimento familiar é fundamental. Quando o adolescente se sente apoiado, ele desenvolve mais segurança para lidar com os desafios e tomar decisões responsáveis.

A importância de estar presente

Participar da vida do filho vai muito além de supervisionar horários ou atividades. É estar emocionalmente disponível, demonstrar interesse e oferecer escuta sem julgamentos. O adolescente que sente apoio familiar tende a se cuidar mais e buscar ajuda quando necessário.

Quando a gravidez já aconteceu — o que fazer agora

Se a gravidez já é uma realidade, o primeiro passo é respirar fundo. O momento exige acolhimento, não críticas. Buscar orientação médica e psicológica é essencial para garantir a saúde da jovem e do bebê. Além disso, é importante apoiar a adolescente para que ela mantenha seus estudos e planeje o futuro com segurança.

Transformando o medo em aprendizado

Toda situação delicada pode ser transformada em aprendizado. Ao lidar com o tema da gravidez na adolescência de forma madura, as famílias fortalecem laços, desenvolvem empatia e aprendem a dialogar sobre temas que antes pareciam proibidos.

Caminhos de apoio e informação

Onde buscar atendimento e aconselhamento confiável

Clínicas especializadas em saúde da mulher e programas públicos de planejamento familiar são fontes seguras de informação e acompanhamento. Profissionais de ginecologia com foco em adolescentes estão preparados para orientar sem julgamentos, explicando cada método contraceptivo com clareza e respeito.

Conversar com profissionais é um ato de cuidado

Visitar o ginecologista não deve ser motivo de constrangimento, e sim um passo natural no cuidado com a saúde. Os profissionais garantem sigilo e acolhimento, e podem ajudar a esclarecer dúvidas tanto dos pais quanto dos adolescentes. Na prática, informação e acolhimento andam lado a lado. Quando a família se envolve de forma positiva, o adolescente aprende que responsabilidade e liberdade podem coexistir.

Conclusão — confiança, cuidado e informação andam juntas

Prevenir a gravidez na adolescência é um processo que começa dentro de casa, com diálogo, empatia e informação. Quando os pais tratam o tema de forma leve e aberta, criam um ambiente onde o adolescente se sente seguro para aprender, perguntar e se proteger.
Além disso, entender as opções de contracepção — como o DIU — ajuda a mostrar que existem alternativas seguras, eficazes e acessíveis para quem ainda está construindo seu futuro.

Mais do que evitar uma gestação precoce, o objetivo é promover o bem-estar físico e emocional dos jovens. Porque conversar sobre sexualidade não é falar de proibição, e sim de cuidado, amor e responsabilidade.


Referências bibliográficas

  • American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). What I Wish All Teens Knew About Long-Acting Birth Control. Last reviewed: February 2024. Disponível em: https://www.acog.org/womens-health
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  • Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Saúde Sexual e Reprodutiva de Adolescentes e Jovens. Brasília: 2018.
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DIU de Cobre com Prata: o guia completo do método contraceptivo https://dktmulher.com.br/diu-de-cobre-com-prata-o-guia-completo-do-metodo-contraceptivo/ https://dktmulher.com.br/diu-de-cobre-com-prata-o-guia-completo-do-metodo-contraceptivo/#respond Wed, 01 Oct 2025 18:03:06 +0000 https://dktmulher.com.br/?p=33 O DIU de Cobre com Prata, também chamado informalmente de DIU de Prata, é uma opção contraceptiva cada vez mais buscada por mulheres que desejam evitar a gravidez sem recorrer a métodos hormonais. Livre de hormônios, eficaz por vários anos e seguro, ele reúne benefícios que atendem diferentes fases da vida reprodutiva. Neste artigo, você ... Ler mais

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O DIU de Cobre com Prata, também chamado informalmente de DIU de Prata, é uma opção contraceptiva cada vez mais buscada por mulheres que desejam evitar a gravidez sem recorrer a métodos hormonais. Livre de hormônios, eficaz por vários anos e seguro, ele reúne benefícios que atendem diferentes fases da vida reprodutiva. Neste artigo, você vai descobrir como funciona, quais são suas vantagens, para quem é indicado, os possíveis efeitos colaterais e os cuidados necessários.

Ao final, você entenderá por que tantas mulheres têm escolhido esse dispositivo e como realizar a inserção de forma segura em uma clínica especializada.

O que é o DIU de Cobre com Prata?

O DIU de Cobre com Prata é um dispositivo intrauterino em formato de “T”, feito de polietileno e recoberto por um fio de cobre de alta pureza, revestido por prata. Essa combinação tem um propósito muito específico: a prata reduz a oxidação do cobre, o que ajuda a diminuir a reação inflamatória no útero. Como consequência, muitas mulheres relatam menor intensidade de cólicas e fluxo menstrual, quando comparado ao DIU de cobre tradicional.

Esse DIU é conhecido comercialmente como Andalan Silverflex, disponível em diferentes versões, incluindo a versão Mini, desenvolvida para mulheres que nunca engravidaram ou que possuem útero menor.

Como o DIU de Cobre com Prata funciona?

O mecanismo de ação é simples, mas altamente eficaz. O cobre libera íons que alteram a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides, dificultando a fecundação. Além disso, o ambiente intrauterino passa a ser hostil à sobrevivência dos gametas.

Já a prata, ao revestir o fio de cobre, contribui para diminuir a oxidação, aumentando a durabilidade e reduzindo efeitos indesejados, como aumento do fluxo menstrual e cólicas. Por esse motivo, o DIU de Cobre com Prata é visto como uma evolução do DIU de cobre tradicional.

Com eficácia superior a 99%, esse método oferece uma taxa de falha menor do que a maioria dos anticoncepcionais orais. Isso significa que, entre 100 mil mulheres que utilizam o DIU, apenas uma ou duas podem engravidar em um ano.

Duração e reversibilidade

O tempo de proteção contraceptiva depende do modelo. O Andalan Silverflex Cu 200 Ag possui eficácia de até 3 anos, enquanto o Andalan Silverflex Cu 380 Ag e o Silverflex Mini Cu 380 Ag oferecem contracepção eficaz por até 5 anos.

Um dos grandes diferenciais é a reversibilidade. Após a remoção, a fertilidade retorna de forma imediata, sem necessidade de tempo de adaptação. Portanto, a mulher pode engravidar no ciclo seguinte à retirada.

Quem pode usar o DIU de Cobre com Prata?

O DIU de Cobre com Prata é indicado para mulheres em idade fértil que desejam um método contraceptivo de longo prazo e livre de hormônios. Ele é recomendado inclusive para:

  • Mulheres que nunca engravidaram (nuligestas);
  • Mulheres no período pós-parto;
  • Mulheres no período de amamentação, já que não interfere na lactação;
  • Mulheres com contraindicação ao uso de métodos hormonais.

No entanto, é fundamental passar por avaliação médica antes da inserção. Existem algumas contraindicações absolutas, como malformações uterinas, alergia ao cobre, gravidez em curso, sangramento vaginal não diagnosticado e histórico de doença inflamatória pélvica ativa.

Como é feita a inserção do DIU de Cobre com Prata?

A inserção deve ser realizada por um médico ginecologista, em ambiente ambulatorial seguro e com condições assépticas. O procedimento costuma durar poucos minutos.

Embora seja possível inserir em qualquer momento do ciclo, muitos profissionais preferem realizar durante a menstruação, quando o colo do útero está naturalmente dilatado e há certeza de que a mulher não está grávida.

Após a inserção, recomenda-se um ultrassom transvaginal em até 30 dias para confirmar o posicionamento correto.

O DIU precisa ser inserido durante a menstruação?

Não. Embora o período menstrual seja muitas vezes escolhido por facilitar a inserção, não existe obrigatoriedade. A decisão deve ser tomada em conjunto com o médico, considerando a fase do ciclo e a segurança da paciente.

Quais são os principais benefícios?

O DIU de Cobre com Prata reúne vantagens que o tornam atrativo para quem busca praticidade e eficácia. Entre os principais benefícios estão:

  1. Altíssima eficácia contraceptiva – mais de 99%.
  2. Longa duração – até 5 anos de proteção, dependendo do modelo.
  3. Reversibilidade imediata – a fertilidade retorna logo após a retirada.
  4. Não contém hormônios – ideal para mulheres que não podem ou não querem utilizar métodos hormonais.
  5. Menor risco de cólicas e aumento do fluxo em relação ao DIU de cobre tradicional, graças à presença da prata
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  6. Compatibilidade com o período de amamentação, sem afetar a produção de leite.

Possíveis efeitos colaterais

Apesar dos benefícios, o DIU de Cobre com Prata pode provocar alguns efeitos nos primeiros meses após a inserção:

  • Cólica abdominal leve a moderada;
  • Aumento do fluxo menstrual nos primeiros ciclos;
  • Pequenos sangramentos entre as menstruações.

Normalmente, esses sintomas tendem a diminuir após o período de adaptação, que varia entre três e seis meses.

Casos de perfuração uterina, expulsão espontânea ou infecção pélvica são raros, mas descritos em bula. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.

O DIU de Cobre com Prata aumenta o risco de infecção?

Muitas mulheres têm receio de que o DIU favoreça infecções. Contudo, estudos e a experiência clínica mostram que o risco de doença inflamatória pélvica (DIP) é maior apenas nos primeiros 20 dias após a inserção. Passado esse período, o risco é semelhante ao de mulheres que não utilizam DIU.

Vale lembrar que o DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis. Portanto, o uso de preservativo continua sendo essencial para a proteção completa.

Uso do DIU após o parto e durante a amamentação

O DIU de Cobre com Prata pode ser inserido tanto após parto normal quanto após cesariana. Em alguns casos, pode ser colocado ainda na maternidade, logo após a expulsão da placenta, embora exista maior risco de expulsão nesse momento.

Durante a amamentação, o método é seguro e não interfere na produção de leite materno. Assim, torna-se uma opção altamente recomendada para mulheres que acabaram de dar à luz.

O parceiro sente a presença do DIU?

Esse é outro mito comum. O fio do DIU geralmente fica discreto, medindo poucos centímetros, e dificilmente é percebido durante a relação sexual. Mesmo em casos em que o parceiro relata sentir o fio, ele pode ser ajustado pelo médico.

O DIU de Cobre com Prata interfere na libido?

Ao contrário de métodos hormonais, o DIU de Cobre com Prata não afeta a libido. Pelo contrário, muitas mulheres relatam melhora da vida sexual, já que não sofrem com efeitos colaterais típicos de anticoncepcionais hormonais, como queda de desejo.

DIU de Cobre com Prata e coletor menstrual: pode usar?

O uso de coletor menstrual não é recomendado para quem utiliza DIU. Isso porque o movimento de sucção do coletor pode tracionar o fio e deslocar o dispositivo. Já os absorventes internos podem ser utilizados sem restrições.

Mini DIU de Cobre com Prata: uma opção especial

O Andalan Silverflex Mini é indicado para mulheres que nunca engravidaram ou que possuem cavidade uterina menor. Ele oferece os mesmos benefícios do modelo tradicional, mas com tamanho reduzido, facilitando a adaptação.

Considerações finais

O DIU de Cobre com Prata é uma alternativa segura, eficaz e prática para mulheres que desejam contracepção de longo prazo sem hormônios. Com duração de até 5 anos, reversibilidade imediata e boa aceitação, ele se tornou uma escolha cada vez mais popular.

Ainda assim, a decisão deve ser feita após consulta com um ginecologista, que avaliará as condições clínicas e esclarecerá dúvidas individuais.

Está pensando em adotar o DIU de Cobre com Prata? Faça sua inserção em uma clínica especializada e garanta toda a segurança no procedimento. Conheça o serviço DIU Descomplicado da Casa Irene e tenha acompanhamento com profissionais experientes e acolhedores.

Referências

  • ANVISA. Instruções de Uso – Andalan Silverflex.
  • Entrevista com Dra. Carla Cooper: DIU de Cobre e Prata Andalan Silverflex (YouTube, 2023).

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Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e Dispositivo Intrauterino (DIU) https://dktmulher.com.br/sindrome-dos-ovarios-policisticos-sop-e-dispositivo-intrauterino-diu/ https://dktmulher.com.br/sindrome-dos-ovarios-policisticos-sop-e-dispositivo-intrauterino-diu/#respond Mon, 29 Sep 2025 02:44:17 +0000 https://dktmulher.com.br/?p=30 A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é o transtorno endócrino mais comum entre as mulheres em idade fértil, entre 15 e 49 anos de idade. De acordo com o critério diagnóstico adotado, pode atingir até 20 % destas mulheres. ¹ Ainda hoje, a SOP é mais conhecida por associarem-se à infertilidade, atrasos na menstruação por ... Ler mais

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A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é o transtorno endócrino mais comum entre as mulheres em idade fértil, entre 15 e 49 anos de idade. De acordo com o critério diagnóstico adotado, pode atingir até 20 % destas mulheres. ¹

Ainda hoje, a SOP é mais conhecida por associarem-se à infertilidade, atrasos na menstruação por mais de 35 dias (oligomenorreia) ou total ausência por no mínimo três ciclos consecutivos (amenorreia), acne, presença de pelos em excesso em locais normalmente não existentes no corpo da mulher como face, entre as mamas, porção inferir do abdome e região dorso – lombar (hirsutismo). ¹

Atualmente, o sobrepeso e obesidade podem atingir de 60 a 70 % das mulheres com SOP¹. Entretanto, as mulheres magras com este transtorno não são isentas de complicações. As mulheres com SOP apresentam maior risco de : síndrome metabólica ², intolerância à glicose¹, diabetes Mellitus tipo II¹, doenças cardiovasculares (espessamento carotídeo, angina, infarto, AVC) e Hipertensão¹, dislipidemia (colesterol total, LDL, triglicerídeos aumentados e HDL baixo)²,desordens mentais (depressão, ansiedade, transtornos bipolar, compulsão alimentar)¹,³ esteatose hepática não alcoólica, inclusive em não obesas 4, menopausa precoce 5, câncer de endométrio 6.

Quando grávidas, mulheres com SOP têm maior risco de: diabetes gestacional, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, parto cesariano, abortamento, oligoâmnio polidrâmnio. 7,8. Os filhos destas mulheres apresentam maior risco de Hipoglicemia, morte perinatal, prematuridade, baixo peso ao nascerem, readmissão hospitalar 7,8, anomalias congênitas cardiovasculares e urogenitais, desordens metabólicas, doenças do sistema nervoso, asma nove e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)10. A causa da SOP é ainda desconhecida, mas algumas teorias são apontadas para explicar sua etiopatogenia e fisiopatologia: alterações genéticas associadas a diversos genes zero, fatores epigenéticos como dieta inadequada durante a gravidez predispondo ao aparecimento do transtorno na adolescência nas filhas destas mulheres; dieta, exercício físico e estilo de vida, resistência insulínica ¹²; estresse oxidativo ¹³; maior ação do GNRH (fator liberador de gonadotrofinas LH e FSH) e hormônio anti-mulleriano 14; desreguladores endócrinos 15; disbose (desequilibro entre bactérias da microbiota intestinal) 12,16.

O tratamento básico e inegociável para todas as mulheres com SOP é representado pelo estilo devido: reeducação alimentar, exercícios físicos bem orientados, gerenciamento do estresse biopsicossocial e livrar-se de vícios como fumo e etilismo. ¹

Tradicionalmente os contraceptivos orais combinados (COC) são usados em caso de SOP para as mulheres que não pretendem engravidar. Nas últimas décadas, esta classe de drogas passou a ser questionada quanto a efeitos colaterais e complicações a elas associadas, principalmente ao aumento do risco de doenças cardiovasculares (infarto e AVC), hipertensão arterial sistêmica, intolerância à glicose e diabetes, justamente doenças mais encontradas em mulheres com SOP.

De fato, os COC proporcionam melhora da acne, hirsutismo, regularidade menstrual, redução do tamanho ovariano, menor possibilidade de câncer de ovário e endométrio. Por outro lado, não podemos negar a existência de tratamentos não hormonais e a crescente exigência por parte da população por esta alternativa. De fato, os sensibilizadores insulinêmicos, como a metformina, têm se mostrado como alternativa eficiente e eficaz no controle deste transtorno, principalmente quando associados às recomendações de estilo de vida. 17

Quanto ao uso de contraceptivos hormonais usados no tratamento da SOP, a ausência de combate à resistência insulínica (maior fator fisiopatológico deste transtorno) ou até mesmo a possibilidade de sua piora a médio e longo prazo 18, associados a efeitos colaterais como baixa libido, transtornos do humor, aumento do peso, além do aumento do risco ( mesmo que pequeno) de complicações como trombose venosa profunda 19, câncer de mama 20 e do colo do útero 21 são fatores que devem ser levados em consideração por médicos. Principalmente quando se deparam não somente com a presença de fatores de risco para estas doenças, mas também com a opção da mulher que busca alternativas seguras de contracepção livres de ação hormonal.

O dispositivo intrauterino de cobre parece ser uma alternativa contraceptiva eficiente e eficaz de longa duração destinado às mulheres desde a adolescência até aquelas próximas à menopausa que mantém relações sexuais e queiram um método contraceptivo confiável 22. Revisão sistemática recente sugere efeito protetor do DIU de cobre contra o câncer do colo do útero. Parece que o DIU aumentaria a imunidade celular combatendo infecções pelo HPV, além de ajudar a eliminar possíveis lesões persistentes deste vírus ou pré-malignas, por ação mecânica, durante a sua inserção ou retirada 23.

A ausência de drogas de ação hormonal a ele associado permite que o DIU de Cobre, seja um contraceptivo ideal à mulher com SOP, inicialmente por não agravar alterações endócrinas e metabólicas existentes nestas mulheres. Ele não piora o perfil lipídico. Efeito colateral que pode ocorrer com os contraceptivos orais contribuindo para o agravamento da dislipidemia, muito comum em mulheres com SOP, e propiciar o surgimento de doenças cardiovasculares 24. Esta vantagem do DIU de cobre possibilita que o médico possa, com segurança, associar drogas sensibilizadoras da insulina.

O DIU de Cobre parece levar vantagem em relação ao DIU com hormônio levonorgestrel por não piorar um dos mais importantes sinais de hiprandrogenismo, muitas vezes d e difícil controle, em mulheres com SOP: a acne. Esta tende a piorar com a administração do levonorgestrel ou com o DIU com levonorgestrel conforme mostram alguns estudos. 25,26,27. No Brasil, encontramos o DIU de cobre de diversos tipos, variando quanto a sua composição com maior ou menor quantidade de cobre associado ou não à prata, com diversos formatos e tamanhos. Esta variação permite a este contraceptivo respeitar a individualidade da usuária, melhor se adequar tamanho de cada útero e pleitear menores taxas de expulsão, cólicas e menores aumentos de fluxo menstrual.

Parece crescer a escolha da mulher por métodos contraceptivos que interfiram menos com a fisiologia do seu corpo e que garantam uma contracepção segura com menos efeitos colaterais e melhor qualidade de vida. O resgate de um método seguro, financeiramente viável a grande parte das usuárias, eficiente e eficaz como o DIU de cobre pode fazer resgatar e realizar este desejo e garantir uma contracepção não hormonal à mulher com SOP.

Dr. Sérgio Fernandes Cabral Junior
CRM-PE 11822

Referências Bibliográficas

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Por que optar por um método contraceptivo sem hormônios? https://dktmulher.com.br/por-que-optar-por-um-metodo-contraceptivo-sem-hormonios/ https://dktmulher.com.br/por-que-optar-por-um-metodo-contraceptivo-sem-hormonios/#respond Sun, 28 Sep 2025 14:56:58 +0000 https://dktmulher.com.br/?p=28 Método contraceptivo sem hormônio traz mais liberdade e disposição sem efeitos para a saúde feminina. A Dra. Trícia Barreto explica quais são os métodos disponíveis e por que fazer esta escolha. Consulte seu ginecologista regularmente e conheça mais sobre os DIUs Andalan.

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Método contraceptivo sem hormônio traz mais liberdade e disposição sem efeitos para a saúde feminina. A Dra. Trícia Barreto explica quais são os métodos disponíveis e por que fazer esta escolha.

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