Métodos Naturais

Tabelinha: Índice de falha – 5% a 25%

A mulher necessita ter ciclos menstruais regulares para calcular o seu período fértil (quando existe maior chance de acontecer a gravidez). Uma vez identificado o período fértil, o casal não mantém relações sexuais neste período sem utilizar preservativo. Existe a necessidade de orientação de um profissional de saúde para aprendizado deste cálculo. Este método é para casais que, pelo seu estilo de vida e saúde, não podem ou não querem utilizar outros métodos.

Temperatura Basal: Índice de falha – 2% a 5%

Baseia-se no princípio de que existe aumento da temperatura corporal da mulher, de 0.5 a 1.0°C, no período próximo à ovulação – que é devido ao efeito termogênico da progesterona e redução térmica durante a menstruação.

Método da ovulação: Índice de falha – 3% a 25%

O muco cervical é uma secreção produzida no colo do útero e que não tem cheiro. Esta secreção sai pela vagina e, em determinada fase do ciclo menstrual, pode ser mais fluida e transparente (quando a mulher está fértil) e em outra estará mais espessa e esbranquiçada (não fértil).

Métodos de Barreira

Preservativo Masculino: Índice de falha – 1% a 18%

É um contraceptivo utilizado no pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no corpo da mulher. A camisinha é descartável e o material do preservativo é composto por látex ou poliuretano. Além de prevenir uma gravidez indesejada, previne  também contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Preservativo Feminino: Índice de falha – 5% a 21%

É um contraceptivo inserido na vagina antes da penetração do pênis, para impedir a entrada do esperma no útero. O preservativo é pré-lubrificado com silicone, porém, outros lubrificantes, à base de água, podem ser usados, para melhorar o desconforto e o ruído que o preservativo feminino pode causar. Este método contraceptivo também reduz o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Diafragma: Índice de falha – 6% a 16%

É um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma de cúpula, envolvido por um anel flexível. Existem diafragmas de vários tamanhos, podendo variar entre 50mm e 105mm. O diafragma é inserido na vagina antes da relação sexual, impedindo a entrada do esperma no útero. É recomendável que o diafragma seja utilizado junto a um creme ou geleia  espermicida, para oferecer mais lubrificação e também para aumentar a eficácia contraceptiva. O diafragma deve permanecer no lugar durante seis a oito horas depois do coito para poder evitar a gravidez, mas deve ser removido dentro de 24 horas.

Espermicidas: Índice de falha –18% a 29%

Em formas de geleia, creme, comprimido, tablete ou espumas, o espermicida deve ser colocado na vagina 15 minutos antes da relação sexual. Serve como barreira para impedir o contato dos espermatozoides com o útero. Usado isoladamente, o espermicida não oferece grande eficácia, mas associado a outros métodos de barreira, como o diafragma, é útil e oferece mais proteção. Em algumas mulheres, a substância pode provocar reações alérgicas.

Dispositivos Intrauterinos: Índice de falha – 0,6% a 0,8%

É um método anticoncepcional constituído por um dispositivo pequeno e flexível inserido dentro do útero. Ele só pode ser utilizado em pacientes saudáveis e que apresentem exames ginecológicos normais: ausência de vaginites, tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. É um contraceptivo que deve ser colocado por um profissional da saúde, que também vai determinar o modelo mais indicado.

Métodos Hormonais

Contraceptivo Oral (Pílula): Índice de falha – 0,3% a 9%

É um método contraceptivo composto por diferentes tipos de hormônios, que servem para inibir a ovulação e evitar a gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão arterial elevada, histórico de câncer de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo de pílula para cada paciente deve ser indicado por um ginecologista.

Injetáveis Mensais e Trimestrais | Índice de falha – 0% a 0,3%

É um método contraceptivo altamente eficaz e reversível· A eficácia não sofre interferência da usuária (não requer lembrança diária de uso como as pílulas) e as menstruações são regulares (nos injetáveis mensais). É um método indicado para mulheres em idade reprodutiva, não fumantes, que desejam proteção prolongada discreta e cômoda.

Implante Hormonal: Índice de falha – 0% a 1,1% em 3 anos

É uma contracepção hormonal em formato de bastão de silicone, que combina as vantagens dos contraceptivos somente com progestágenos e dos anticonceptivos intrauterinos, inibindo a ovulação.

Adesivo Hormonal: Índice de falha – 0,3% a 9%

São pequenos selos que contêm estrogênio e progesterona. Esses dois hormônios são absorvidos pela pele e vão diretamente para a circulação sistêmica. Os adesivos devem ser usados por 21 dias, seguidos de pausa de sete dias. Os benefícios, a eficácia e as contraindicações são os mesmos para os anéis vaginais e as pílula.

Anel vaginal | Índice de falha – 0,3% a 9%

É um anel fino e flexível, deve ser colocado na vagina durante três semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim, um novo anel deve ser inserido depois de sete dias de pausa. O diâmetro externo é de 54mm e a espessura é de 4mm. O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e progesterona,  que são absorvidos para a circulação e levam à inibição da ovulação. Sua indicação e uso devem ser feitos com o acompanhamento de um ginecologista. Esse método contraceptivo não pode ser utilizado por mulheres que apresentem histórico de coágulos de sangue, derrame ou ataque cardíaco, ou algum tipo de câncer.

Sistema Intrauterino Hormonal – SIU | Índice de falha – 0% a 0,2%

Método contraceptivo hormonal, que combina as vantagens dos contraceptivos somente com progestágenos. Ele libera pequenas quantidades de hormônio dentro do útero, que aumentam a viscosidade do muco cervical e inibem o crescimento do endométrio.

Métodos Irreversíveis

Laqueadura: Índice de falha – 0,5%

Consiste em uma intervenção cirúrgica em que são seccionadas as trompas de Falópio em sua parte mediana, para evitar que o óvulo seja fecundado e chegue ao útero. Existem diferentes alternativas de técnicas cirúrgicas, porém a mais usual é feita através da via abdominal por minilaparotomia ou laparoscopia.

Vasectomia | Índice de falha – 0,1% a 0,15%

É um procedimento cirúrgico simples que consiste na secção dos canais diferentes para evitar que o sêmen contenha espermatozoides. É uma cirurgia segura, com anestesia local e que não requer hospitalização.